Viver com filhos

Viver com filhos é como passeio de montanha russa... Adrenalina constante e emoções diversas!!! Emoções únicas mas que sem dúvida valem a pena... Só quem experimenta pode saber!!! Que tal dividirmos um pouco dessas experiencias para dar mais signficado a tudo isso??

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Regras, regras e mais regras!!! Cadê a Supernany??

Horário pra dormir e pra acordar, alimentação controlada, guardar seus brinquedos, horário estabelecido para estudar, comportar-se bem diante dos outros, não aceitar coisas de pessoas estranhas, aprender a dizer por favor, obrigada e me desculpe, esperar a vez para falar e não interromper os adultos, não dar a eles tudo o que pedem, distinguir entre um choro de sofrimento e um choro de birra, dizer sim, dizer não...


Sempre saber o que dizer e preparar-se para as perguntas mais constrangedoras com a resposta na ponta da língua, escovar os dentes ao menos três vezes ao dia, não comer doces e nem tomar refrigerantes, exigir organização com os materiais da escola, saber esperar...

Nossa... Regras demais, paciência de menos!!

Somos ensinados que a educação depende única e exclusivamente dos pais, e que por isso, crianças sem limites e sem regras são frutos de pais perdidos... Para dar conta disso, lotamos nossos horários e dos pequenos de regras e de afazeres que sempre os levam a mais regras...

E afinal, essas regras são para as crianças ou para os pais que quase enlouquecem para dar conta de tudo isso??

Será que esse é mesmo o caminho??? Nunca podemos fraquejar ou apenas deixá-los escolher?? Nunca podemos dizer “não sei”, ou “vou pensar no que dizer”??

Acredito que educação possa ser mais leve que isso... Educar não é ter tudo sobre o controle o tempo todo. Nem tão pouco saber suprir todas as necessidades e duvidas.

Não existe um ser humano que tenha esse poder sempre... Podemos até nos esforçar muito, mas a capacidade de desenvolvimento de nossos pequenos e a imaginação os levam a caminhos que nem sempre percorremos.

Acredito que educação seja apenas se dispor a estar junto e a ensinar o que sabemos. É estar preparado para dar colo e para receber o conforto de ser procurado quando precisam de nós, é ter a graça de dividir uma conquista, é ser duro as vezes para ensinar que nem tudo podemos, mas também ter o direito de “mimar” quando achamos que fizeram por merecer.

Cresci ouvindo minha mãe dizer que se ela não mimasse suas filhas, ninguém o faria em seu lugar. No entanto, castigá-las, com certeza a vida o faria muitas e muitas vezes...

Mas também tem um, porém... Mimar para ela nunca foi dar tudo o que se pede, ou fazer todas as vontades. Mimar era apenas oferecer muito afeto, e estar sempre disposta a mais uma dose de carinho!!

Hoje ouvimos o mimar com outro significado. Mimar significa realizar todos os desejos, oferecer tudo que não tivemos e proteger de tudo e de todos, mesmo quando nossos filhos estão errados.

Sou adepta do colo sim, e de todo o carinho possível sempre. Afinal de contas, afeto nunca foi o causador dos males que vivemos.

Mas também sou adepta do falar grosso quando é necessário, do castigo se isso se fizer preciso e do papo para se resolver todos os problemas possíveis.

Colocamos tantas regras na tentativa de ter o controle, e com isso conseguimos apenas uma coisa: PERDEMOS O CONTROLE do que sentimos, do que queremos e do quanto esta relação pode ser mais leve.

Educar não é fácil... Mas também não é preciso transformar isso num eterno jogo de regras, com um campeão e um perdedor...

È preciso saber ouvir... Ouvir com os ouvidos sim, mas também com os olhos e com o coração. Quando fazemos tudo na base de regras, estamos tão focados em falar que nem sempre nos lembramos de escutar...

Será que não compensa a troca?? Uma regra por um ouvido apurado??? Não custa nada tentar...