Como trasformar seu monstrinho num anjinho???

Boa pergunta!!! Mas vamos por partes..

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Primeiro: anjinhos não existem nem tão pouco monstrinhos...

O que existem são apenas crianças!! Algumas mais calmas, enquanto outras mais agitadas, algumas mais compreensivas, já outras mais danadas... Crianças são apenas crianças!!

Talvez o erro esteja no que esperamos delas... Quando ensinamos algo, esperamos que aprendam na primeira vez. Mas será que nós aprendemos assim???

Por outro lado, quando fazemos algo errado na frente deles não aceitamos que eles tenham aprendido com uma única lição!! Afinal, onde está o erro??

Também existem pais... Alguns mais controlados, enquanto outros surtam com mais facilidade, alguns mais firmes, outros seduzidos facilmente por seus filhos... Pais, que em sua grande maioria estão na tentativa de educar!!

Para se educar não existe universalidade, ou regras que absolutamente sempre funcionem! Defendemos tanto a idéia de que somos diferentes, mas nos pegamos tentando enquadrar nossos filhos em modelos pré-existentes. E dá-lhe super nany!!!

Acredito que todos os pais tenham se espantado um dia ao se deparar com uma crise de birra, daquelas dignas de Oscar por tamanha atuação de sofrimento! Pois bem, o mundo é assim e nisso os filhos são iguais: todos tentam nos seduzir pelo drama, ao menos uma vez na vida!

Este texto surgiu de um papo com uma mãe desesperada (exageros a parte, estava assim né clau? RS). “É tão fácil perder o controle na educação dos filhos, mas parece tão penoso fazer o caminho de volta!”

Pois é assim mesmo. Basta um fim de semana sem limites, onde tudo pode, que a retomada da educação pode ficar bem difícil.

Mas no fundo no fundo, sempre sabemos como retomar! Dá trabalho ser pai e mãe, dá trabalho educar, porque invariavelmente envolve sermos durões no momento certo, e dizer muitas vezes a mesma coisa.

Claro que é mais fácil ceder aos momentos de choro e acabar logo com o momento de birra dando aquilo que nos pedem. Mas se os pais não tiverem força para se manterem firmes no que acreditam ser certo e errado quem vai ter?

Não é a toa que as campanhas nas redes sociais sobre educação vêm tendo tamanha repercussão. Afinal, estamos tão cansados de adultos mimados que se acreditam dignos de obterem tudo o que querem, que só nos resta mesmo ensinar desde pequenos que regras existem para todos!!

Não sou contra mimos, mas acredito que mimo bom é encher seu filho de beijo e dengo antes de dormir, fazer a comida preferida dele com muito amor, um passeio gostoso no parque e muito carinho ao acordar!! Isso é mimo!! E quem se atreve a dizer que isso estraga alguém??

Dizer sim pra tudo não é mimo, é falta de certeza do que se deve dizer! Permitir que os limites sejam ultrapassados não é mimo, é falta de força para defender o seu espaço e o espaço de seu próprio filho!

Enfim, como transformar seu monstrinho num anjinho?? Não se preocupe com isso. Continue educando que tudo dará certo!!

Regras, regras e mais regras!!! Cadê a Supernany??

Horário pra dormir e pra acordar, alimentação controlada, guardar seus brinquedos, horário estabelecido para estudar, comportar-se bem diante dos outros, não aceitar coisas de pessoas estranhas, aprender a dizer por favor, obrigada e me desculpe, esperar a vez para falar e não interromper os adultos, não dar a eles tudo o que pedem, distinguir entre um choro de sofrimento e um choro de birra, dizer sim, dizer não...

Sempre saber o que dizer e preparar-se para as perguntas mais constrangedoras com a resposta na ponta da língua, escovar os dentes ao menos três vezes ao dia, não comer doces e nem tomar refrigerantes, exigir organização com os materiais da escola, saber esperar...

Nossa... Regras demais, paciência de menos!!

Somos ensinados que a educação depende única e exclusivamente dos pais, e que por isso, crianças sem limites e sem regras são frutos de pais perdidos... Para dar conta disso, lotamos nossos horários e dos pequenos de regras e de afazeres que sempre os levam a mais regras...

E afinal, essas regras são para as crianças ou para os pais que quase enlouquecem para dar conta de tudo isso??

Será que esse é mesmo o caminho??? Nunca podemos fraquejar ou apenas deixá-los escolher?? Nunca podemos dizer “não sei”, ou “vou pensar no que dizer”??

Acredito que educação possa ser mais leve que isso... Educar não é ter tudo sobre o controle o tempo todo. Nem tão pouco saber suprir todas as necessidades e duvidas.

Não existe um ser humano que tenha esse poder sempre... Podemos até nos esforçar muito, mas a capacidade de desenvolvimento de nossos pequenos e a imaginação os levam a caminhos que nem sempre percorremos.

Acredito que educação seja apenas se dispor a estar junto e a ensinar o que sabemos. É estar preparado para dar colo e para receber o conforto de ser procurado quando precisam de nós, é ter a graça de dividir uma conquista, é ser duro as vezes para ensinar que nem tudo podemos, mas também ter o direito de “mimar” quando achamos que fizeram por merecer.

Cresci ouvindo minha mãe dizer que se ela não mimasse suas filhas, ninguém o faria em seu lugar. No entanto, castigá-las, com certeza a vida o faria muitas e muitas vezes...

Mas também tem um, porém... Mimar para ela nunca foi dar tudo o que se pede, ou fazer todas as vontades. Mimar era apenas oferecer muito afeto, e estar sempre disposta a mais uma dose de carinho!!

Hoje ouvimos o mimar com outro significado. Mimar significa realizar todos os desejos, oferecer tudo que não tivemos e proteger de tudo e de todos, mesmo quando nossos filhos estão errados.

Sou adepta do colo sim, e de todo o carinho possível sempre. Afinal de contas, afeto nunca foi o causador dos males que vivemos.

Mas também sou adepta do falar grosso quando é necessário, do castigo se isso se fizer preciso e do papo para se resolver todos os problemas possíveis.

Colocamos tantas regras na tentativa de ter o controle, e com isso conseguimos apenas uma coisa: PERDEMOS O CONTROLE do que sentimos, do que queremos e do quanto esta relação pode ser mais leve.

Educar não é fácil... Mas também não é preciso transformar isso num eterno jogo de regras, com um campeão e um perdedor...

È preciso saber ouvir... Ouvir com os ouvidos sim, mas também com os olhos e com o coração. Quando fazemos tudo na base de regras, estamos tão focados em falar que nem sempre nos lembramos de escutar...

Será que não compensa a troca?? Uma regra por um ouvido apurado??? Não custa nada tentar...

Cadê a receita???

Pequeninos ou já bem crescidinhos, criados ou até com filhos! Filhos são sempre filhos... Não importa a idade!!

A gente aprende logo cedo com os nossos próprios pais que não importa a idade que temos, continuamos sendo lembrados e sendo motivo de preocupação... Afinal, pais sempre querem o melhor para seus filhos!

Mas será que sempre sabemos o que é o melhor?

Se a resposta é sim, então sempre acertamos nas escolhas da nossa própria vida também?

Claro que não existe resposta sim para tudo isso... Nem sempre sabemos o que é melhor, e nem sempre sabemos como procurar essa resposta. Mas ainda assim, continuamos querendo o melhor para os filhos...

Escuto muito a frase: “quero pro meu filho tudo de melhor, e tudo que não pude ter”!

Não será egoísmo demais pensar assim? Afinal, quem só tem coisas boas o tempo todo não amadurece, não cresce, não desenvolve. É fato que queremos vê-los felizes e realizados, mas não é poupando-os de tudo e de todos que conseguiremos isso para sempre... Até porque, não vamos durar para sempre... E um dia a vida pode bater com força!!

Viver numa redoma de vidro nunca é a forma mais prudente de cuidar dos filhos... Sejam eles grandes ou pequenos. Um dia a descoberta tem que acontecer, e talvez, se formos capazes de conduzi-los a essa descoberta, tudo isso doa menos e seja mais proveitoso.

Ouvimos tanto a idéia de que se criam os filhos para o mundo... Mas como é difícil colocar isso em prática não é?! É fácil notar isso em porta de escola infantil, onde as mães querem tanto que os filhos se divirtam e não sofram sem elas ali, mas quando voltam para buscá-los e ouvem que os filhos ficaram super bem e nem pediram os pais, se sentem apunhaladas, abandonadas!!

É a dificuldade de lidar com o amor, mas também com o desapego... De enxergar o quanto somos necessários sim, mas também de entender que somos capazes de ensinar e deixá-los ir descobrir como colocar isso em prática sozinhos!!

A verdade é que não existe uma receita pronta. Existem apenas muitas tentativas e por isso a necessidade de trocarmos experiências! Ser pai e mãe não precisa ser uma experiência tão solitária...

Estamos grávidos!! E agora??

Pegar o resultado positivo de um teste de gravidez, geralmente é o primeiro impacto e a primeira mudança dentre muitas que estão por vir. Nesse momento, freqüentemente a sensação que se tem é de faltar o chão e um tremendo frio na barriga!

Duvidas e mais duvidas a respeito de tudo sobre a vida dali pra frente!!

Planejada ou inesperada, curtida ou cheia de incertezas, neste momento só temos uma convicção: A VIDA NUNCA MAIS SERÁ A MESMA!!

E de fato não será... Mas o quanto criamos fantasias e terrorismos que correspondem com a realidade?? Afinal, só se sabe ao certo o que será da vida, vivendo!! Experimentando!!

Ter filhos de fato muda tudo... Os valores, a forma de enxergar a vida, os conceitos, os horários, as regras, a condição financeira, as metas, os sonhos, os pudores, a moral, as vezes até a religião e as expectativas do futuro... UFA!!! Muda tudo...

Mas quem disse que mudar é ruim?? Quem disse que tudo tem que continuar sempre igual, inabalável, sem fim??

Mesmo o que é bom e gostamos em algum momento precisa encontrar o seu final, até para que continue sendo bom. Nem que seja apenas pelo gosto de recomeçar novamente. Há um texto de Rubens Alves no qual ele diz que mesmo as coisas boas precisam chegar ao fim, afinal, imagine a sua música predileta tocando incessantemente sem parar!! Quanto tempo agüentaria aquela melodia sem se entediar??

Assim também é com as fases da vida... E ter filhos nos leva a mudar de fase bruscamente!

Acredito que o medo sobre todas essas mudanças é o maior vilão desta nova etapa! Afinal fantasiamos excessivamente sobre essas mudanças e sobre a forma como vamos nos adaptar a elas... O NOVO ASSUSTA!! ATERRORIZA

Viver o novo é uma questão de coragem e ousadia! Só quem experimenta pode ter certeza se é bom ou ruim...

E, viver com filhos é uma dessas ousadias... Uma experiência atrás da outra, cheia de descobertas e frio na barriga... Mas sem duvida alguma, uma vida cheia de significados e aprendizagens!!

Mesmo com todas as dificuldades, eu afirmo com toda a convicção: VALE A PENA!! Mas só pra quem se arrisca... Pense nisso!